11 de mai. de 2013


Olha! Acordei cedinho, olhei o dia lindo que faz aqui na latitude 23º58'7" Sul e longitude 46º22'47" Oeste (HQE) = hora que escrevo, suspiro fundo ao lembrar que é sábado, olho com calma minha casa, ligo a tv e coloco em um canal chamado TV Câmara e ouço umas modas de viola gostosas e "doloridas", esquento a água e passo um cafezinho estilo incenso etíope, (a palavra café parece derivar do árabe qahwah, embora etimologistas a relacionem com Kaffa, província da Etiópia de onde a planta é nativa. De lá passou para a Arábia e admite-se que os árabes hajam começado a tomar café já no século XV). Ainda de pijama à la Hugh Hefner, dono da Playboy mas sem seu patrimônio anual de aproximadamente 43 milhões de "doletas", pensava em nada!


Minha mãe acordou já se aprontando para curtir uma praia e me convidou, eu disse ironicamente que ficar bronzeado em maio no Sudeste é o sinal do fim dos tempos e que chique era estar bronzeado aqui mas do sol do Caribe Mexicano ou de regresso que justificasse a cor de charuto no outono só para encher a boca e dizer que esteve na Riviera Francesa (que prefiro chamar de Côte d'Azur) em uma de suas praias como Nice, Saint-Tropez ou Cannes. Depois de me mandar ir à merda, eu ri sozinho e as horas foram passam e cadê a criatividade? Teria sumido, meu hobby de escrever para meus amados leitores dividindo meus sentimentos, opiniões concretas e dúvidas que compartilho diariamente e que vão desde o quê é o amor, a brevidade da vida, o sexo dos anjos, as engrenagens que movem as esferas municipal e federal deste país continental, nossos sonhos e meus desabafos fúteis como uma foto no Instagram? que insisto fazer parte para não estar fora do meio social, pois como digo tenho rede social e amigos na vida real e sei conciliar os dois sem vícios de ambas partes. Aprendi que seja futilidade passageira, modismo ou física quântica, nós temos que saber de tudo, para assim termos assunto e/ou opinar sobre algo com certa porcentagem de conhecimento. 

Claro, que sou do tipo que assisto Ratinho, baixo músicas clássicas, sábado me dou o direito de arrotar uma semana que passou ao som de Zeca Pagodinho ou Dire Straits e durante a semana leio atualmente 3 livros simultâneos que não vem ao caso falar de mim pois, isso passa longe de ser um "Meu Querido Diário" ou uma revista eletrônica de fofoca de um "famoso quem"?!


Procurava lembrar de algo que me inspirasse e nada! Fui ao supermercado comprar guloseimas e mesmo olhando as tulipas vermelhas, as orquídeas brancas e rosas de diferentes cores para as mães que amanhã serão cortejadas com as mesmas, nada de eureka! Olhava cada tipo na rua em meu caminho de volta (como fazia nos tempos de teatro para que a arte pudesse chegar perto da vida cotidiana) e... Nada de nada! Escuto então uma brecada e um som de batida de carro leve e vidros estilhaçados, corro para a janela e vejo já os proprietários trocando seus cartões para o seguro cobrir os danos, pois se tratavam de carros de luxo, agradeci a Deus por não ser um conhecido ou uma bicicleta ou moto que nas mesmas condições de impacto certamente seria mais um no índice. Mas... Mesmo assim seria algo que já escrevi. Olhei o presente que comprei para minha mãe e agradeci a Deus por ter os dois presentes no presente momento, mas mesmo assim... Nada!

Falei chega ao me barbear. Pensei que não era uma obrigação escrever diariamente e que meus leitores pouco se importavam com o que digito há tempos. Mas no silêncio da tarde linda com a luz típica de outono que meu tio retrata perfeitamente em suas lentes da verdade um som peculiar que fez meu coração bater mais forte. Sim amiguinhos, era um avião que passava baixinho já em procedimento de pouso em congonhas. Aí sim me veio a vontade de sentar e escrever o quanto sou inexplicavelmente apaixonado  por esse meio de transporte mais pesado que o ar.

Desde pequeno, fosse uma maquete, uma visita ao aeroporto ou ver fotos e reportagens em revistas especializadas em aviação comercial desde tenra idade. Uma tarde perfeita para mim? Ficar sentadinho na pista de Congonhas sem incomodar ninguém e só olhando os "bichão" decolando e pousando. Andar então... Nossa como eu amo! Sentir aquele cheirinho típico de Super Bonder misturado com lencinhos umedecido de hortelã, jornal e café onde sempre filosofo ao ver todos agindo normalmente sentados em uma "poltroninha" a 12 mil metros do chão, voando a 900 km/h e que do lado de fora, faz -56ºC. Doideira saber que a modernidade nos permite tomar o café da manhã em Brasília-DF e jantar em casa depois de 1h30 de voo até pegar as malas e descer a Serra do Mar (no meu caso) que é mais demorado que vir da capital de meu país para cá.

Bem, é isso! Aos que irão voar, seja a trabalho ou a passeio ou então exercendo atividade a bordo como tripulação técnica ou não... Saibam que tem um rapaz aqui, bem no nível do mar admirando todos vocês e esperando em Deus a minha vez. Não que minha paixão chegue ao ponto de que eu mude o status no Facebook, até porque, bem antes de existir o computador eu já era apaixonado por aviões e que nem voam mais como os da Varig, Transbrasil, Rio-Sul, Vasp, Nordeste, Skyjet, BRA, Fly, TABA, Air Vias, Webjet... Cruzeiro e Panair já não eram do meu tempo. E que tempo!!!













Vai um cafezinho ou...

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