24 de nov. de 2012


Bom dia meus amados e minha linda, viajada, meiga e incomparável namorada! Hoje, farei "uma" das coisas que mais amo desde tenra idade. Que é? Buscar uma grande amiga e sua filhota no Aeroporto Internacional de Congonhas em São Paulo, aliás no coração de São Paulo, melhor dizendo, no ventrículo esquerdo e direito da cidade chegando a parecer um lindo porta-aviões encalhado na megalópole locomotiva deste gigante adormecido. Por quê internacional se só faz voo doméstico? (Segundo o Guia Panrotas de dezembro de 2008, o aeroporto continua se chamando Aeroporto Internacional de Congonhas). Entretanto, o mesmo recebe vôos internacionais de comitivas oficiais estrangeiras e nacionais, cabendo à Polícia Federal realizar a imigração das aeronaves. Mas na Inaugurado em 1936, e seu primeiro vôo teve como destino a cidade do Rio de Janeiro em um aeroplano da VASP. Seu nome deve-se à região em que se situa, a antiga Vila Congonhas, de propriedade dos descendentes de Lucas Antônio Monteiro de Barros, visconde de Congonhas do Campo, presidente da província de São Paulo durante período imperial e por um bom tempo, logo após a inauguração o local era conhecido, popularmente, de "campo da Vasp".



É o 96º Aeroporto mais movimentado do mundo, e já foi o aeroporto com maior tráfego de passageiros do Brasil. Chegando a ser internacional antes da construção de Guarulhos = GRU. Nessa época, voar era para a elite e tinha passageiro mais bem vestido que comissários!


O Aeroporto de Congonhas tem uma relação de amor e ódio com a cidade de São Paulo e seus usuários. Se por um lado está próximo ao centro da cidade, o que facilita o acesso, por outro lado incomoda e até mesmo amedronta seus vizinhos. Mas a cidade e seus governantes desde a criação deste romântico aeródromo, que foram de gestão em gestão permitindo o crescimento ao seu redor, chegando a tal ponto de quem pousa poder observar pessoas em seus apartamentos e ser visto por outras pessoas na cabeceira da Av. Washington Luís a ponto de dar e receber um tchauzinho.



Existia uma cobertura para proteger os passageiros das intempéries até o pátio. O acesso não era tão restrito como hoje, e os passageiros circulavam no jardim, como em uma praça. Pode-se ver o grande número de curiosos que se amontoavam no teto da estação, para observar o movimento de aeronaves. São Paulo tinha pooucas opções de lazer nessa época, década de 1950, e era um programa habitual do paulistano ir ao aeroporto. O terraço era apelidado "Prainha dos Paulistanos". E como sou de 1981, em minha infância pude ter o prazer de fazer este delicioso programa chegando a pegar pousos e decolagens dos extintos e saudosos ElectrasII e Fokkers 50 que decolavam suavemente deixando um rastro de fumaça dos motores que davam toda a potência.


Depois ali na R. Augusto Rolim, onde uma de minhas tias morava, lembro que a janela do quarto do meu primo tinha como vista a pista do CGH. Pergunta onde este humilde e colecionador de sonhos ficava praticamente o dia todo chegando a ser anti-social com meu pai esperando na sala para eu tocar violão e cantar com ele nas festas?

Mas já era a fase da ponte aérea Rio-São Paulo e seus modernos jatos que a cada motor de Fokker 100, Boeings 737-200, 300 com nariz pintado de preto e finalmente a fase winglets dos Airbus e dos Boeings 737-800, ficou mais emocionante, pois não demorava mais para escutar o que considero música para estes ouvidos de 10 em 10 minutos. Para se ter uma noção do dito crescimento, no ano passado os números são alarmantes, principalmente para controladores de voo e outros profissionais em solo como policiais federais à empresas terceirizadas de limpeza. (16.753.567 de passageiros, 44,8 t de carga e 209.280 aeronaves pousando e decolando das famosas pistas 17R/35L de 1.940m e da 17L/35R medindo 1.435m. Para a decolagem hoje em dia da acelerada/rolagem até sair do chão/V1 conte 30 segundos = tempo de um comercial de TV. Se passar disso vira documentário na Net Geo. hahahahahahaha.


Pois é amiguinhos, hoje mesmo sabendo que a humildade e o sorriso são fundamentais, este menino da janelona do quarto, passou a garoto de janelinhas admirando cada vez mais até quem sabe um dia ser o rapaz que te sirva e faça do seu voo o mais agradável possível, mesmo em tempos de crise, minha parte eu já fiz, estudos, certificações, ANAC, CMA, idiomas na ponta da língua, TIF, Emergência, sapato engraxado e sem fivela, pomada para o cabelo à postos camisa branca, gravata com nó impecável e terno passado com vinco, assim que o telefonema que eu entreguei nas mãos de Deus tocar e uma linda história possa começar.



Ps.: Força para os colegas da Webjet!

Vai um cafezinho ou...

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