12 de nov. de 2012

Eis-me aqui amados leitores e minha doce primeira dama porteña que tanto quiero. Pois é! Nove dias depois sem escrever... Aqui estou eu, este humilde viajante à frente de seu tempo pelo signo solar e sem lembranças de um passado que já findou. Vocês certamente sabem o quanto é difícil contar para alguém ao ponto de transmitir a sensação que só quem vivenciou pode fazê-lo como no caso de um filme de 2 horas, uma peça teatral de 90 minutos, uma ópera com intervalos, assim como balés, shows de bandas de rock ou um voo de 2:30. Por vezes contar algo ocorrido em segundos chega a ser difícil exprimir com exatidão o que passou. Uma viagem de uma semana é impossível, por isso eu aconselho sempre a todos, jamais morram sem sair do Brasil, para poder traçar um paralelo embasado de como vivemos aqui, sou bairrista e amo meu país, como disse minha namorada, melhor que ir é chegar em casa. E é justamente pensando na suposta pergunta: " - E a viagem? " Que eu apenas colocarei tópicos e palavras soltas que resumirão essa semana inesquecível, frenética e maravilhosa que passamos na capital da Argentina que mesmo sendo minha terceira vez lá, parece sempre que é a primeira, Já leram o mesmo livro mais que uma vez? Pois então, tudo depende do estado de espírito que um mochileiro ou um burguês fidalgo vivencia ao ter seu passaporte carimbado pela alfândega que for. 

CABA  - Cidade Autônoma de Buenos Aires de 03 a 10 de novembro de 2012:


Malas, Trans Litoral, GRU, Kátia Gol, Ernesto Paglia, atraso, desembarque de malas, passageiros atrasados, recolocação das malas, decolagem às 10:00, pouso à 00:00, Exchange 4,74  = valor do dólar, Táxi = 198 ,00 pesos até Recoleta, Martín, tentar ligar para parentes, sem sinal celular, bateria do arreia, Pedro, contrato, chaves, privacidade, cobertor da Burberry, dias lindos com o céu honrando as cores da bandeira com o azul, branco das nuvens e o sol,  tarjeta directa para llamada internacional, Puerto Madero e longa caminhada de volta para Florida 939 - 5ºD, cuero cuero cuero? Câmbio, câmbio câmbio? Sorvete de doce de leite, Alfajor Jorjito, risadas com comercial do Chocoarroz, elevador sanfona, fotos e mais fotos, ponte da mulher, casa rosada, parque para descansar e namorar, pessoas com chimarrão = mate sob calor de 39ºC, apagão, panelaço = 8N com povo unido nas ruas e suas crianças, idosos e senhoras, casais, jovens e suas "cazerolas" cantando o hino argentino, repórter argentino levando um soco, Messi ídolo, La Boca pulsando arte, 005513...


policiamento nota 10 e seu carrinho trazido do Canadá, sapatos caros, renaut amassados, peogeots sucateados, ferrari e Audi Q3 mostrando que ainda existe rico deverdade, Teatros Gran Rex e Parrillas por todo lado, La París del Sur, meu grito para tirar a foto = Jorge Fernando dirigindo uma externa na Plaza de Mayo, apelido do Menen que eu não sabía = El Turco, casais se beijando pela noite de mãos dadas, gente se bronzeando nos parques, mendicância diferente de malandragem...elegância e postura mesmo em crise greve dos lixeiros...




Caminito, cartomante, medo dela, Plaza San Martín, sossego ouvindo crianças falando espanhol e brincando com skate, aumento de 700% imposto do gás,frase que enfurece vinda da presidenta que um argentino vive bem com "17 pesos al día", botox da presidenta, corte de cabelo das argentinas como o dela, reforma do banheiro da Casa Rosada, notas falsas, Carrefour do tamanho do Bolshoi de Santos, xamãs na rua, flautas pan, casais suando ao dançar tango, Galería Pacífico e suas grifes galerias de arte com artista brasileira retratando o circo, Quilmes escutando jazz, árvore de natal enfeitada pela Zwarowsky, tombo na cama, ar condicionado, chuveiro magnífico, apagão geral, El Loco Jorge com seu balde de querosene no coitado que ia lhe pagar, jovem morto perto da embaixada dos Estados Unidos por cantar uma menina = piropo ao sair da balada em Palermo, balada = boliche, show do Kizz, lambe-lambe do Pimpinela, Teatro Colón, Fito Paez cantando na televisão, bife de chorizo...



Ipês roxos, topadas, Malvinas ainda latente, Evita Perón no ar, beijos, avenidas 9 de Julio, Corrientes, Esmeralda, Suipacha, Maipú, de Mayo, Paraguay, Córdoba, Perú, Callao, Arenales, varanda desabando na Libertador, tomadas de três pinos "chatos", macarrão, nugguets variados, manteiga maravilhosa, torrada divina como a omelete, Obelisco, refrigerante de pomelo, italianos me pedindo informações, reeleição do Obama na madrugada, sacadinha reflexiva, pombas, andorinhas e outras aves, Gardel por toda parte, estátuas, vitrinas com pele e casacos lindos, Café Tortoni, Congresso, banho de chuva, raios, enchentes, guarda-chuva R$ 20,00, queda brusca de temperatura, mais gargalhadas, (principalmente no Burguer King), Boca X Arsenal de Sarandí, mis hermanos de Sarandí que no los puedo contar, lembranças, Maná cantando "Hasta Que Te Conocí", frio de 13ºC, 01:00 carona para Ezeiza, fila na alfândega com direito a música ambiente de Mercedes Sosa, Piazzolla e Gardel junto de assovios e vaias, mais fotitas, perfuminhos, saudade da família, devolução do calção que muito nos alegrou, Nora e seu charme porteño mascando chiclete, VARIG, tripulação simpática, turbulência, pouso no horário em GRU, exchange, saudade da nota de real, Viação Cometa, Santos e claro que isso, foi só um nano resumo de nossa inesquecível viagem que só o Alzheimer poderá apagar de nossas lembranças.


Se eu quero voltar? Opa! Mas... Não gostaria de ir como passageiro da próxima vez.

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