15 de nov. de 2012


Pronto, somos uma república há 123 anos, pergunta que deixo no ar àqueles que estão nas casas de praia, nas fazendas, hotéis, albergues da juventude, passeando pelo parque, acendendo a churrasqueira, abrindo a ou as latinhas, fazendo faxina em casa, batendo roupa, cantando na porra do videokê a música "Andanças", entrando pelo elevador de serviço, acordando com a musiquinha do Videoshow e tantos outros que "gozam" um feriadãozão desses: Se fôssemos colônia de Portugal, mesmo com a crise na "zona" do euro, você caro leitor e minha amada namorada ficaria muito triste de ganhar seu salário em euro, mesmo sendo 622,00 o mínimo?


500 euros = R$ 1.318,01

Com isso no holerite, desceriam a serra ou subiriam em um avião? Mas como a maioria que curiosamente é pobre neste país acostumou a pensar que dinheiro não é tudo (coisa que eu concordo tá?), pois Roma, Paris, Madrid, Lisboa, Dubai, Cesário Lange, Porto Seguro, Tatuí ou Praia Grande com dor de ouvido ou de dente não há dinheiro que traga felicidade e a vontade de cair na piscina, no mar ou na balada!

E para todos e por tudo que lembro aqui o que a minha geração cantava nos tempos de colégio:


Hino à Proclamação da República do Brasil tem letra de Medeiros e Albuquerque (1867-1934) e música de Leopoldo Miguez (1850-1902). Publicada no Diário Oficial de 21 de janeiro de 1890.



Seja um pálio de luz desdobrado.

Sob a larga amplidão destes céus
Este canto rebel que o passado
Vem remir dos mais torpes labéus!
Seja um hino de glória que fale
De esperança, de um novo porvir!
Com visões de triunfos embale
Quem por ele lutando surgir!

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!

Nós nem cremos que escravos outrora
Tenha havido em tão nobre País...
Hoje o rubro lampejo da aurora
Acha irmãos, não tiranos hostis.
Somos todos iguais! Ao futuro
Saberemos, unidos, levar
Nosso augusto estandarte que, puro,
Brilha, ovante, da Pátria no altar!

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!

Se é mister que de peitos valentes
Haja sangue em nosso pendão,
Sangue vivo do herói Tiradentes
Batizou este audaz pavilhão!
Mensageiros de paz, paz queremos,
É de amor nossa força e poder
Mas da guerra nos transes supremos
Heis de ver-nos lutar e vencer!

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!

Do Ipiranga é preciso que o brado
Seja um grito soberbo de fé!
O Brasil já surgiu libertado,
Sobre as púrpuras régias de pé.
Eia, pois, brasileiros avante!
Verdes louros colhamos louçãos!
Seja o nosso País triunfante,
Livre terra de livres irmãos!

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!





Vai um cafezinho?



PS.: No ano de 1989, a escola de samba Imperatriz Leopoldinense comemorou o centenário da República utilizando uma parte do refrão do Hino em seu samba enredo. Muito pouco utilizado em solenidades oficiais, esse hino precisa ser resgatado como um dos mais significativos símbolos de nosso regime político. Segue abaixo a letra para aqueles que tiverem interesse em contemplar o seu conteúdo.


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