6 de jul. de 2013

Chegou a hora, chegou chegou!

Pronto, chegou! Passou, passou. Olha que delícia de sábado meus amados? Sol distante da terra e fazendo a luz do dia ficar perfeita para tudo que é de bom para se fazer e que logo mais à noite, serei pardo, como todos os gatos e para presenciar a solenidade de encerramento de um lugar que significa muito para mim. Por N razões e momentos inesquecíveis, brindarei o fim de um ciclo entre amigos do peito. Parafraseando Chico Buarque... "Não temo a mudança, tenho pavor que nada mude!" Mas algo de vazio ficará, em meus sábados e no logradouro em questão, pois nós artistas e amantes da arte perdemos praticamente um ponto de cultura, onde, conversas filosóficas foram discutidas, textos foram estudados, decorados, apresentados, lotados e quantos foram...


Gargalhadas de pigarrear, lágrimas de desabafar, xícaras de chá lendo um bom livro, uma loira gelada sem pensar em absolutamente nada! Eu e muitos fomos testemunhas oculares de sua inauguração (que não divulgarei o nome por educação mesmo). Simplesmente acabará como um dia acabou o Spelunka que tanto amava e que me fazia tão bem! Mas, eu não vivo do passado e aproveitarei ao máximo a gentileza dos funcionários, lembrando dos românticos encontros, dos famosos indo da Globo ao famoso e renomado grupo da Galpão de Teatro, diretores renomados e generosos, talentos que nasceram lá com convites para dar a chance para os que sonham honestamente em poder mostrar o seu brilho, sem serem ofuscados jamais pela sombra de um chefe eclipse.


Nossa mãe! Quantas aventuras e causos entre esquetes, composições de poemas e de músicas ao som de violões que não constarão nunca nos  anais, mas que de minha memória de elefante ficarão para sempre. Como em tudo em minha vida, eu olho sempre para a frente buscando novos horizontes e... Declaro encerrada... Esta página do velho mapa que nos motivava a frequentar o nosso carinhosamente apelidado "maldito vilarejo".


Para este que lhes escreve, não haverá nenhum sentido entrar mais lá, será para mim um feudo fantasmagórico nitidamente abandonado, como uma aldeia que estava no meio do caminho não do Império Romano, mas... De Visigodos ou Hunos pela postura e jeitão de serem ou não serem. Sem questões!


Que venha o novo! E cheio de ideias velhas por outros já pensadas e que de tão evoluídas, quem sabe chegarão a um grande e projeto arrojado nível Dubai de arquitetura, para a construção de um maravilhoso e imponente pombal e mesas para jogos de dama e dominó. Lastimo! Não ataco e nem julgo, "deixo quieto" respeitando a lei do silêncio dos inocentes  Eu? Sou cliente e pago tudo que consumo e confusão eu não arrumo, mas também não peço arrego. O único e verdadeiro sentimento? É muita, mais muita vergonha da cidade que eu moro e que graças a Deus, não nasci, pois no quesito entretenimento e vida noturna ou ser anfitrião de alguém de minha faixa etária, fica muito difícil ainda mais se for de fora do Brasil e quiser ver onde é a Cellula Matter da Nacionalidade, onde em vão tentamos disfarçar as flores plantadas em um gigantesco monte de estrume que exala o mesmo cheiro nauseabundo das bocas que prometem, iludem e acham que ninguém pensou antes no "Ctrl+C e Ctrl+V" do passado, e que, obviamente alegarão falta de recursos... Usarão e abusarão do velho e horrendo E.V.A, a barata juta puída e o ridículo tule para disfarçar uma beleza que é natural, cultural e que sempre foi equivocadamente julgada por pessoas que nunca frequentavam o lugar em questão. Especialmente nas boêmias noites enluaradas fosse de "festa de camelo", marchinhas de carnaval, apresentações tradicionais folclóricas, chorinho, cover de Sinatra e atrações teatrais gratuitas e de qualidade que igualmente esses "famosos quem" não prestigiaram e ainda continuam dizendo que não se faz arte na primeira cidade do Brasil.


Senhoras, senhores e respeitável público! Todos de pé por favor! Um brinde ao novo mundo que nós navegadores da emoção neste imenso mar de possibilidades que não é uma cachoeira no limite de nossos devaneios e que só quem é criativo, sabe do que falo. Acharemos sim terras firmes e com palmeiras onde canta o verdadeiro sabiá e que desta terra mais do que explorada não levaremos nem o pó!


Foi bom não foi? Chegou a hora, chegou chegou! E já deu! Aos pombinhos sujinhos e encardidos, fiquem com as migalhas por nós deixadas e se fartem pois... É o que temos para hoje! Amanhã? já ficou pra ontem!


Vai um cafezinho ou uma loiruda na temperatura ambiente?

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