8 de fev. de 2013


Bem meus queridos, como durante o ano inteiro a maioria das pessoas não está nem aí para a "Hora do Brasil", os problemas alheios de cujos lemas terríveis se popularizaram como os conhecidos "ema ema, cada um com seus problemas" e o globalizado "I dont´t care", imaginem agora que é carnaval? Tudo pára, as estradas, as filas dos banheiros, pedágios, para comprar carvão, a bateria das escolas de samba dá aquela paradinha, sempre tem alguém saindo para comprar uma paradinha e nunca mais voltam neste caminho que muitos carnavais depois acabam se arrependendo, muita menstruação também pára até novembro, gente despreparada emocionalmente quando vê de perto uma rainha de bateria sambando sem balançar nada o coração pode parar de bater, o Senado? Também pára, notícias sobre o mercado de valores, nevasca em Nova Iorque, crimes... O telefone dos bombeiros e polícia militar não pára de tocar, eu quero parar de escrever para poder aproveitar o carnaval e não consigo. hahahahaha.



Quando uma pessoa diz que não gosta desta festa pode ser baseada em baseados ou porque quer brincar de ser gringo, esquece que estamos aqui e que o mundo inteiro sonha (ainda mais com a crise no bolso do europeu que gostaria de estar aqui e cair na folia seja no carioca Sambódromo da Marquês de Sapucaí vulgo "Passarela Professor Darcy Ribeiro", ou no Polo Cultural e Esportivo Grande Otelo, conhecido popularmente como Sambódromo do Anhembi em São Paulo, atrás do trio em Salvador, do Galo no Recife, de guarda-chuvinha em Olinda, nos blocos de bairros, matinés para crianças e bailes nos mesmos clubes para adúlteros e adultos, salões de casas de show com mulheres de gogó, dos navios e hotéis elegantes e até mesmo em cidades calmas como às de Minas Gerais, que, dependendo de sua sorte e decisão de brincar o carnaval, a sua "história" pode ser outra neste circuito barroco de nosso mestre Aleijadinho e Tiradentes.



Cautela sempre, relevar sempre, se proteger em todos os sentidos, comprar e vender brigas a troco de nada, ter ciúmes da mulher que se fantasiou seja de odalisca ou de melindrosa é tão desagradável quanto dar encima de uma delas que esteja acompanhado, não facilitar, afinal, alegam bandidos e larápios que nunca levam o que não enxergam, logo... Máquinas fotográficas, celulares com uma maçãzinha desenhada no verso dando sopa, comprar uma latinha do que seja com uma nota de R$ 100,00 ou perguntar com sotaque holandês se o táxi aceita Dólar ou Euro, andar com os documentos na carteira do bolso traseiro onde o foco elipsoidal dessa festa é o seu rabo, seja homem ou mulher, tem buraco? Cuidado com o avestruz sapeca. Lembrem que esta festa chatíssima e fria lá em Veneza, e quente para cacete e para vulvas aqui tem sua origem lááááááááááááá na Grécia em meados dos anos 600 a 520 a.C.. Onde realizavam seus cultos em agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e pela produção. Passou a ser uma comemoração adotada pela Igreja Católica em 590 d.C.. Período de festas regidas pelo ano lunar no cristianismo da Idade Média. O período do carnaval era marcado pelo "adeus à carne" ou do latim "carne vale" dando origem ao termo "carnaval", onde tudo era e será permitido e que, para mim, até Deus tira férias e deixa a bruxa solta e na base do Saci largando brasa no cachimbo da vovó, deixando todo mundo se comer vivo e sem sentir dor.



Eu já pulei muito, viajei muito, ri muito, troquei muito muco e tenho já em meu fígado bastante causo para contar para meus netos um dia. Quem sabe eu volte a gostar como antes? Dizem que quando uma pessoa conhece Munique ou München capital do estado federal da Baviera alemã, onde anualmente festeja-se a festa da cerveja mais famosa do mundo, chamada Oktoberfest, acha Blumenau em Santa Catarina uma bosta pra todo sempre. Como ainda não fui à nenhuma cidade germânica... Há esperanças de ser um folião novamente! Mas hoje, prefiro um carnaval mais Caymmi, sem banho de cheiro e muito menos de lua, de confete, serpentina, espuminhas, sentir no ar cheiro de jaca, repelente, granola com banana, lança perfume, colene, marafo e maconha! Fora os mais de mil palhaços no salão. Entendam, eu não julgo e nunca impedirei de um filho meu fazer o que eu fiz pois, não me arrependo de nada, mas hoje... Deixo a banda passar cantando coisas de amor à toa na vida.


Já desfilei, fiz curso para ser julgador, tive essa matéria na universidade como Cultura Brasileira, trabalhei nos bastidores do abstêmio desfile de carnaval da cidade que moro, me vesti de mulher com meu pai e saímos de bugue buzinando no tradicional "Banho da Doroteia", "Ba-baianas sem Tabuleiro", vi amanhecer na praia, anoitecer no ambulatório, peguei estrada pra caramba sozinho, acompanhado, disposto a encontrar no destino alguém... Mas como todo professor (coisa que também sou), não quero ensinar mais não, estou muito mais afim de aprender mesmo! Vivam para um dia ter historia para contar ou escrever. O mais importante é estar e ser feliz assistindo pela TV o maior show da terra ou estando encima de um carro alegórico vestido de "O mito de Jurupari" com um costeiro de penas de pavão e uma fantasia de 46Kg sendo colocado de guindaste no alto do carro alegórico!


Acho que só eu vou de cafezinho né?

Ps.: Não sei se já houve uma conscientização generalizada ou, estou assistindo pouco TV. Foi só que eu vi pouca campanha publicitária institucional em pról do uso de camisinha?

Nenhum comentário:

Postar um comentário