18 de mai. de 2013

Já passa da meia-noite (HQE = hora que escrevo). Desculpem não aguentar raiar o dia, mas mesmo ciente de que escrevo pior que Glória Peres e que não ganho para ser crítico de telenovela ou algo semelhante, não posso me calar diante da ruína que a televisão brasileira chegou. Serei breve e relevarei o esforço da equipe e da emissora e em respeito à dor da autora de ter perdido sua filha querer sempre abordar um tema polêmico. Mas... O que choca neste país? Tráfico de gente? Acho que não mais. Aliás, com as concorrência de outras mídias como cinema, DVD, teatro, livros, canais à cabo e até mesmo Facebook, Instagram e o velho rádio, a novela perdeu aquele encanto.


Carminhas à parte, esta novela que não acompanhei e que só ria com erros de continuidade, nota zero nos quesitos pesquisa religiosa do emblemático São Jorge/Ogum (que definitivamente não deu audiência para esta sequência de equívocos). os cansativos cumprimentos no idioma que devem ter deixado a comunidade turca puta da vida por saberem que a complexidade desta língua ultrapassa os limites de qualquer semelhança com a nossa, a trilha sonora me irritava por saber que o país é vasto em cantores e ritmos que no Clone ela acertou ao inserir na trama. Qualquer imbecil sabe a distância que ficamos de Istambul e que a Capadócia igualmente não fica perto da capital da Turquia que se chama Ancara e não a abordada e jaz morta na memória do brasileiro. A caverna do caboclo com cara de matogrossense era mais equipada que a do Batman, e o meu pai observou uma coisa que me causou frouxos de riso, quando ele disse que nunca viu tanto coronel, general ou tenente com tempo livre para sair do quartel.


A tentativa de se converter a religião evangélica de uma das vilãs que já esqueci o nome, não achei má, somente apelativa e pessoalmente acho que depois do fiasco do nobre horário, não passou de uma média da autora querendo uma vaga na emissora do bispo, já que considero sua aposentadoria com essa tentativa. Gafieira e fofoqueira de bairro até que prendiam a atenção e talentos foram sim revelados, mas quem roubou a cena foi a Delegada e sua fiel escudeira filha da "Conga la Conga" que mostrou ser atriz "a nível de" novela e não de filme "porneaux".


Escrever tantos capítulos para que eu entenda no último "que fim levou o "Tonhão" da TV Pirata achei desnecessário e banal. Mas, não culpo os atores que seguem os textos e obedecem o contrato que assinaram, afinal, ninguém quer ir no Faustão em um domingo de folga, tudo é obrigado e eles são marionetes que ganham bem e tem suas "vidas privadas" da privacidade como quem assiste, e pasmem, chegam até a invejar nosso dia a dia como a Xuxa feliz por andar de trem disfarçada ou coisa bizarra semelhante. A culpa também não é da emissora que escala núcleos de diretores por receberem ordens de tendências e pesquisas.

A culpa de uma coisa que detestamos conviver por meses ou que não achamos mais belo como "A Viagem" ou "Terra Nostra" cabe a nós mudarmos de canal democraticamente e só existe BBB13/14 justamente por isso. Os rumos da televisão brasileira eu não sei e honestamente nem quero saber, pois a internet me diz tudo e o youtube também quando quero selecionar o que quero ver, ler ou ouvir. Mas... Silvio Santos quando a audiência está baixa, coloca o Chaves e esfrega na cara de quem for que a velha fórmula da Commedia dell'arte sempre funcionará com o Arlechino do canal 8 da Televisa Mexicana. Vejamos agora o que Atílio e Branca de "Per Amore" aprontarão em Machu Picchu. Estamos definitivamente na era Ctrl+C e Ctrl+V dos autores.

Por mim? Sai Faustão e entra Luciano Huck, Jô menos tempo de férias e mais pauta e Video Show: pode tocar a bola para o Estrelas da Angélica que é a mesma coisa e menos chato. Bem, já é sábado e tem reprise para a alegria da Turkish Airlines e CVC que lucram com quem quer ver de perto o que o Projac reproduz nas coxas. Arre! É Sábado né? Bora para a vida real onde para fazer arte ou imitá-la, não precisamos decorar nada e nem sermos dirigidos.


Vai um cafezinho ou um chá de boldo?

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