1 de jun. de 2013

Junho pode começar com todo o vapor e bem junino! Inverno confirmado para às 02h04 do dia 21, graças a deus não está caindo a garoa neste sábado lindo e cheio de oportunidades para todos no grande buffet que é a vida onde só passa fome quem quiser. Espero que a quadrilha tenha noiva, padre e pai correndo de brincadeirinha atrás do noivo fujão e não chefes ou líderes das mesmas. Espero que as bandeirinhas se agitem junto com as labaredas dos troncos secos que cobrem a batata doce nas festas de Santo Antônio, São João e São Pedro e que traga muito frio para o Sul e Sudeste onde pularemos a fogueira de cada dia com alegria de dente pintado e sem ponte caindo (seja da boca ou sobre os rios), enquanto que no Norte, Nordeste e Centro-Oeste a coisa ferve como o quentão nas noites enluaradas ao som da tradicional sanfona e o peculiar cheiro de pamonha e canjica no ar. Eu amo junho, amo o inverno e é a época da minha vida que sou feliz sem explicação.



Gosto de ver a alegria das crianças jogando estalinhos e bombinhas finas. Já não apoio balões que sobem ou bombas de maior calibre que podem machucar ou matar. Acho que pelo fato de ter passado os feriados e muitos finais de semana de minha infância na fazenda Caioçara em Atibaia-SP dos meus tios, no sítio Pirambeira em Tatuí-SP de meus primos de segundo e terceiro grau e da deliciosa, nostálgica e calma Juquiratiba-SP ali no distrito de Conchas-SP onde morava minha querida tia-avó Dalva e meu tio Clodoaldo que com seus causos deixam Rolando Boldrin no chinelo.



Sempre amei o interior de São Paulo, o cheiro de ar puro, as noites estreladas, as estradinhas de terra com capim cidrão, pomares, cavalos, bois e vacas, cercas com a flor primavera carregada, plantações de cana, taboa e de Eucaliptos ou (calipiá/ calipar) como dizem fumando um cigarrinho de palha sem pressa com o forno à lenha que deixa a casa cheirando milho ou mandioca ou um delicioso pão de banha. Minas eu também acho uma delícia, mas minha infância foi por essas bandas sempre rodeado de moda de viola de raiz, e essa criança, parece que surge dentro deste caboclo de 32 anos que lhes escreve de todo coração meus amados leitores. O que tiver que vir... Virá e naturalmente como o pé de alface colhido da horta, temperado depois com o limão rosa que não tem sabor e muito menos cheiro igual ao que compramos no supermercado.



Vixi tanta coisa... Apil, amora, morango, pitanga, goiaba, abacate, carambola, mamão a toca do João-de-Barro no alto de uma paineira... Fatias de queijo meia cura, com o café pretinho e que até o fim do inverno onde meu coração festeja, não haja cobras e nem chuva no caminho do arraial. Como no sábado não me aprofundo nas filosofias e muito menos no sexo dos anjos, deixo a vida me levar pois confio em Quem a dirige. Abaixo uns "modão" que eu amo e que me fazem dizer como Marcelo Costa: "Caba não mundão!"










Vai um cafezinho, pinhão, pipoca, amendoim torrado, maçã do amor, paçoca, pé de moleque, quindim, broa de milho, queijadinha...

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