Romulo Crescente F5

Buenos días Habaneros de mi vida!

Falemos sobre ontem? Claro, afinal rir ainda é a melhor terapia. Mas rir com a minha tia é inebriante... Noite agradável que pedia uma "cariocada", pois parecia que estávamos na cidade maravilhosa cheia de encantos mil, só faltaram os taxis amarelinhos na rua e o Cristo de braços abetos que é visto de qualquer lugar da segunda capital do nosso país antes da dupla JK e Niemeyer. Hoje com esse céu de Lelydorp no Suriname e temperatura de Matão - SP, é melhor mesmo lembrar de ontem, pois, o hoje ainda está para acontecer.

O jornal que eu leio por exemplo não fala do hoje, por isso é uma mídia obsoleta que perde a cada dia espaço para a atualização digital minuto a minuto acompanhando agências internacionais e daqui mesmo, mas eu insisto em ler o futuro lixo de gaiola para saber melhor do que não me interei ontem. Como posso afirmar o preço do dólar e outros indicadores financeiros, quando eu sei que o pregão da Bovespa fecha ao meio dia pelo horário de verão brasileiro? Mas, se está no jornal que comprei, é melhor acreditar...

Ou não como diria Caetano! Aliás como está difícil de acreditar piamente no que o homem diz, escreve, promete, prevê e repassa para os outros... Por isso que eu creio no que meu coração quer que eu faça pela vontade de Deus Pai Todo Poderoso que tem misericórdia de vocês queridos leitores e de mim que humildemente tento debafar baseado em fatos e não em baseados.

Ao chegar aqui escuto: "Rapaz a banda era tão ruim, mas tão ruim que quando o garçom derrubou a bandeja todo mundo começou a dançar!"

Abro o jornal e me deparo com...

Palmeiras sofre mas bate por 3 a 2 o XV de Piracicaba e assume a liderança. (Eu já sabia!).

Coronel diz que Assembleia foi esvaziada e manifestantes detidos. Saída dos PMs grevistas começou na manhã desta quinta-feira (9). Apontado como líder, Marco Prisco saiu pelos fundos, diz Exército. (Pede pra sair zero dois).

Controlado tumulto em estação de trem no Rio, diz PM. Trem que seguia para a Central do Brasil apresentou problema nesta manhã. Passageiros ocuparam linha férrea e chegaram a jogar pedras nos PMs. ("...Eu muito bem, vindo de trem de algum lugaaaaaaaaar, e aí me dá como uma inveja dessa gente que vai em frente sem nem ter com quem contar...").

Piloto de avião que ficou pendurado em MG diz que motores falharam. Anac informou que ele não é autorizado para pilotar a aeronave em questão. Avião ficou preso a cabos de energia em fazenda em Conselheiro Lafaiete. (Quer maior exemplo de falha humana. Sem habilitação, nem taxista rapaz!).

Avião de táxi aéreo com quatro pessoas a bordo cai em rio em Belém. Passageiros, entre eles um doente, foram resgatados sem ferimentos. Aeronave decolou de Congonhas e caiu em base da Marinha no Pará. (Isso sim é emergência não preparada de respeito).

Juiz rejeita ação contra parque acusado de escravizar orcas nos EUA. Processo da organização Peta contra o SeaWorld não terá prosseguimento. Demanda foi apresentada à Justiça em outubro do ano passado. (Isso é bullyng Dr. Filetti?).

Cientistas estudam na Antártida impacto da atividade solar no clima. Evidências de raios cósmicos podem ter ficado alojadas no gelo. Sol pode ter afetado o clima na Terra no último milênio. (Sério? Precisaram estudar para chegar a essa constatação? Eu não sou cientista e sei o que é raio UV pô!).

Schwarzenegger publicou em seu Twitter foto ao lado de Stallone em hospital. 'Depois de toda a ação, acrobacias e abuso físico em 'Os mercenários 2', era hora de tratar o ombro. Olha quem estava coincidentemente na fila atrás de mim para sua cirurgia no ombro. Agora estamos prontos para outra rodada de grandes momentos de ação quando filmaremos 'The tomb'', escreveu. (Coincidência?).

Jovem é preso suspeito de violentar idosa de 90 anos, no Ceará. Rapaz vai responder por estupro, segundo delegada. Senhora foi salva por latidos de cães, que alertaram vizinhos. (Imagina o que os cães estavam dizendo?).

Listras das zebras servem para espantar insetos, afirma pesquisa. Moscas transmissoras de doenças não se sentem atraídas por pele bicolor. Espécie nasceria com pele negra e ganha listras brancas antes de nascer. (Em compensação leões, guepardos, tigres...) hahahahahahahahah.

Índices: Dólar: R$ 1,72 / Euro: R$ 2,28 / Taxa Selic: 0,89% / Grama do Ouro: R$ 95,80 / Poupança: 0,50% / Salário Mínimo: R$ 622,00 / Habanero: 100.000 - 350.000 de ardência em unidades da escala Scoville.

Astróloga do terra.com.br + aquário = Saturno começa seu movimento retrógrado e assuntos relacionados a viagens e estudos podem pedir mais tempo. Adiamentos e atrasos serão mais frequentes neste período. amor em fase de transformações. (Fale mais sobre isso, afinal, temos todo o tempo do mundo...) hahahahahahahahahaha.

Não tem disculpinha para não estudar e não saber que em um dia 09 de fevereiro de um ano desses abaixo, rolava isso aí:

474 – Inicia-se o império de Zenão I em Bizâncio.

1552 – Fundação da cidade de Valdivia, no Chile.

1796 – Fundação do Condado de Greene.

1804 – Fundação do Condado de Coffee.

1831 – Fundação do Condado de Rock Island.

1832 – Incorporação da cidade de Jacksonville.

1839 – Fundação do Condado de DuPage.

1849 – Risorgimento: proclamada a república romana.

1855 – Estrada de Ferro Central do Brasil: o Governo Imperial do Brasil firmou contrato com Edward Price para a construção da primeira seção de uma estrada de ferro que visava ligar a Corte (então sediada na cidade do Rio de Janeiro) às províncias de São Paulo e de Minas Gerais.

1858 – É inaugurada a segunda ferrovia brasileira, entre Recife e São Francisco.

1867 – O Nebraska torna-se o 37º estado dos EUA.

1885 – Os primeiros japoneses se instalam no Havaí.

1895 – Invenção do Voleibol por William George Morgan nos EUA.

1900 – A Taça Davis é criada.

1907 – Grafada pela primeira vez num jornal recifense (Pequeno) a palavra frevo.

1915 – Primeira Guerra Mundial: É encerrado o Canal do Suez a todas os navios de países neutrais.

1917 – Primeira Guerra Mundial: A Alemanha dá início à guerra submarina.

1920 – É assinado, em Paris, o Tratado de Svalbard, que garante a soberania da Noruega sobre o arquipélago de Svalbard.

1923 – É formada a companhia soviética Aeroflot.

1928 – O general nicaraguense Augusto César Sandino empreende uma ofensiva contra as tropas dos EUA que ocupam a Nicarágua.

1934 – É formada a Aliança Balcânica entre a Jugoslávia, Grécia, Turquia e Roménia.

1939 – Osvaldo Aranha, chanceler do Brasil, desembarca em Nova York, nos EUA, para uma entrevista com o presidente americano Franklin Delano Roosevelt.

1941 – Segunda Guerra Mundial: A RAF bombardeia Gênova e Livorno, na Itália.

1942 – Segunda Guerra Mundial: Líderes militares dos EUA realizam sua primeira reunião formal para discutir a estratégia estadunidense.

1943 – Segunda Guerra Mundial: Preso na cidade do Rio de Janeiro um dos chefes da espionagem nazi no Brasil, Albrecht Gustav Engels.

1945 – Segunda Guerra Mundial: Forças britânicas e canadianas atravessam a linha Siegfried e chegam ao Reno.

1961 – O até então Presidente do Presidium do Soviete Supremo da URSS, Leonid Brejnev, em visita oficial à República da Guiné sofre um mal-entendido quando caças franceses abrem fogo sobre o avião que o conduzia, pensando se tratar de alguma ameaça em plena Guerra Fria.

1963 – Primeiro voo do Boeing 727.

1964 – Os Beatles fazem sua primeira apresentação no programa de tv americano The Ed Sullivan Show, assistido por mais de 72 milhões de pessoas.

1965 – Guerra do Vietnã: As primeiras forças de combate dos EUA são enviadas para o Vietname do Sul.

1964 - Os Beatles fazem a sua primeira aparição na televisão americana no The Ed Sullivan Show. Foi a maior audiencia na época, 73 milhões de televisores ligados, superado apenas pela ida do homem à Lua.

1967 – Anos de chumbo: é sancionada a nova Lei de Imprensa, impondo a censura prévia com agentes presentes em todas as redações, emissoras de rádio e televisão.

1969 – O Boeing 747 efetua o seu primeiro voo comercial.

1970 – Iniciam-se a construção das instalações da Base Aérea de Anápolis.

1971 – Projeto Apollo: Apollo 14 retorna à Terra depois do terceiro pouso humano na Lua.

1981 – O general Wojciech Jaruzelski é nomeado primeiro-ministro da Polónia.

1986 – Aparição do Cometa Halley.

1994 - Criação do elemento químico Unúnbio. Nelson Mandela torna-se o 1º presidente negro da África do Sul.

1996 – O IRA declara o fim de um cessar-fogo de dezoito meses, seguido de um atentado bombista em Londres.

1997 – Os Simpsons passam Os Flintstones como a série que mais tempo passou no horário nobre da televisão.

2001 – O submarino nuclear norte-americano USS Greeneville embate acidentalmente e afunda o navio-escola japonês Ehime-Maru.

2004 – O novo navegador de internet desenvolvido pela Mozilla Foundation tem seu nome alterado pela última vez e se chamará Mozilla Firefox. Lançamento do álbum Feels Like Home da cantora Norah Jones.

2006 – Detenção em Madrid de Ricardo Taddei, ex-oficial argentino acusado de 161 sequestros e da prática de tortura durante a ditadura militar argentina.

2009 – Volta do grupo musical Blink-182.

Feriado, comemoração, folia ou gozação em uma quinta-feira? Será?

Dia de Kuan Yin, grande deusa do oriente, segundo a mitologia chinesa, protetora das mulheres.

Dia de São Miguel de Febres Cordero e São Donato. Dia de Santa Apolônia

Dia do Zelador.

Brasil: Dia do Frevo. (Cite 12 sucessos sem ser aquela musiquinha tara ra ra ra ra raaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.)

Aquarianos que faziam o check-in hoje:

Papa Honório II (m. 1130).

Constantino XI, último imperador do Império Romano do Oriente (m. 1453).

William Henry Harrison, nono presidente dos Estados Unidos da América (m. 1841).

Carmen Miranda, cantora luso-brasileira (m. 1955).

Apolônio de Carvalho, militar brasileiro, um dos fundadores do PT (m. 2005).

Loris Azzaro, estilista francês (m. 2003).

Mia Farrow, atriz norte-americanoa.

Victor Civita, jornalista e empresário brasileiro.

Mônica Waldvogel, jornalista brasileira.

Ruy Ramos, ex-futebolista e treinador de futebol brasileiro-japonês.

Tânia Mara, cantora brasileira.

Faziam o check-out daqui exatamente em 09 de fevereiro, só que de...

1588 – Álvaro de Bazán, militar espanhol (n. 1526).

1874 – Condessa de Ségur, escritora franco-russa de literatura infantil (n. 1799).

1881 – Fiódor Mikháilovitch Dostoiévski, escritor russo (n. 1821).

"Não há assunto tão velho que não possa ser dito algo de novo sobre ele".

1942 – Lauri Kristian Relander, 2° presidente da Finlândia (n. 1883).

1946 – Júlio Prestes, político brasileiro (n. 1882).

1961 – Carlos Coimbra da Luz, presidente do Brasil (n. 1894).

1964 – Ary Barroso, radialista e compositor brasileiro (n. 1903).

1979 – Dennis Gabor, físico inglês (n. 1900).

1981 – Bill Haley, músico de rock and roll estadunidense (n. 1925).

1983 – Blecaute, cantor e compositor brasileiro (n. 1919).

1984 – Yuri Andropov, ex-dirigente da União Soviética (n. 1914).

1989 – Osamu Tezuka, mangaká japonês (n. 1928)

1994 - Howard Martin Temin, microbiologista estadunidense (n. 1934). Witold Lutoslawski, compositor polonês (n. 1913).

1997 - Mário Henrique Simonsen, ministro brasileiro da Fazenda e do Planejamento (n. 1935). Vicente Matheus, empresário espanhol, presidente do Corinthians por dezoito anos (n. 1908).

1998 – Halldór Laxness, escritor islandês, ganhador do prêmio Nobel de Literatura (n. 1902).

2001 – Herbert Simon, economista norte-americano (n. 1916).

2005 - Robert Kearns, inventor norte-americano (n. 1927).

Pratica seu italiano e me poupa do teu latim!

La resistenza dei clochard.

e l'assalto ai sacchi a pelo.

«Il lavoro di una vita per finire qui» Certi italiani non vanno nei dormitori per non finire a litigare con gli stranieri; tanti stranieri evitano i dormitori per non venire schedati

MILANO - Meglio il cimitero del dormitorio. Almeno non ti rubano le scarpe, non si fregano i calzini, non fanno scomparire i guanti del vicino di letto infilandoli nelle mutande per dormirci sopra e nascondere meglio il furto. A piazza Affari badano al sodo, resti di neve intorno ai portici, luce fioca dei lampioni ma a meno cinque gradi non c'è poesia e nemmeno pentimento. Giovanni, siciliano di Trapani, ha sessantadue anni. Ex operaio nei mobilifici brianzoli, poi lasciato a spasso, cammina a rilento come se fosse sui carboni ardenti, un passo alla volta. Quasi quasi spostando le gambe con le braccia. Non sente più i piedi, oramai congelati, pesanti come macigni. Epperò niente dormitorio, giura e urla, di certo non stanotte, di sicuro non domani, forse mai per l'eternità.

Passano a domandarglielo tre volte, se vuole un letto caldo, per Dio, fai andare il cervello, e per tre volte Giovanni scompare sotto i cartoni, la bocca sdentata che fatica alle prese con una mela, e sarà una lunga battaglia. «Vadano al diavolo, posso crepare qua. Se vogliono aiutarmi, mi trovino un lavoro». Li chiamano i superstiti e pregano che sopravvivano. Lui e altri quattro. Un ragazzo italiano di 36 anni con gli zigomi che sparano fuori per la magrezza e certe occhiaie viola, licenziato da una cooperativa; un altro siciliano, Andrea, vecchietto; un ragazzo che non parla e non sente, piegato sotto un plaid con una sigaretta spenta tra indice e medio; infine un maghrebino, lontano, nell'angolo. Per tutti lo sfondo è lo stesso, le vetrine d'una banca.

Invitano a non guardarla qua in piazza Affari, la Milano dei barboni, perché per cominciare per strada si chiamano così, barboni: «Parole come clochard o senzatetto sono un esercizio di stile che sistema la coscienza» dice Wainer Molteni, ex barbone di quarant'anni con una bella testa che adesso sta dall'altra parte, lavora con il Comune per convincere questa povera ciurma ad accettare aiuto e sistemazione. Dunque, si diceva, bisognerebbe guardarla altrove, la città dei barboni, ed è vero. Nella mensa dei frati a tremila pasti serviti al giorno, per esempio, con la gente in coda che spinge fuori sulle scale d'ingresso per il freddo e spinge dentro per paura che finisca la pastasciutta. Un altro luogo sta proprio sotto la Curia e le finestre dell'arcivescovo, in piazza Fontana, la sera, intorno alle 9: è il punto di raccolta per la distribuzione dei sacchi a pelo che tengono i meno venti gradi, e che strano, per difendersi dalla pianura si deve ricorrere alle armi di montagna. Scene da assalto ai viveri in terre di guerra civile, quando arriva la macchina coi sacchi a pelo. Il bagagliaio ancora non è stato sollevato, i barboni hanno udito lo scatto della serratura e già premono addosso alla macchina, prendono posizione, spingono via non importa chi, donne e anziani ingobbiti con quattro sciarpe intorno al volto che sembrano Tuareg del deserto.

Il Comune ha aperto oltre l'orario normale la stazione del metrò della stazione Centrale per alloggiarci i barboni. Due assessori, quello alle Politiche sociali Pierfrancesco Majorino e quello alla Sicurezza Marco Granelli seguono, monitorano, vanno di persona. Granelli, l'altra sera, tirava su un ragazzo ubriaco sdraiato senza sensi sopra la neve, sotto il ponte del cavalcavia del Ghisallo, nello stesso punto dove la scorsa settimana era morto un egiziano. In queste notti passano i mezzi della Croce Rossa, della Protezione civile, delle associazioni di assistenza ai barboni. Bastano? Milano è piccola e per nascondersi è infinita. La baracca sui Navigli trincerata dentro lamiere arrugginite di via Argelati, lì ieri si è spenta una signora ucraina di 62 anni. Oppure le tende da campeggio, quattro in fila, ai fianchi del ponte sotto i nuovi grattacieli di Garibaldi.

Certi italiani schifano i dormitori per non finire a litigare, con gli stranieri; tanti stranieri evitano i dormitori per non venire schedati, così continuano a credere, e arrestati, cacciati. Glielo dicono in mille lingue ogni dieci minuti. Alla mensa dei frati di corso Concordia una volontaria prende la parola, si raccomanda, una volta finita la cena, di non temere agguati, «non c'è la polizia ad aspettarvi, spostatevi nei dormitori». I barboni corrono, ma ognuno dove vuole lui. Un signore rugoso di 72 anni, calabrese di Rosarno, ex muratore, il viso sproporzionato rispetto al corpicino: «La saluto, mi stia bene. Se schiatto, sappia che ho lavorato una vita intera per finire qui». Faustin, 44 anni, dalla Costa d'Avorio: «Lavoravo in una ditta che faceva presse. Manco riuscivo a mettere lo zucchero nel caffè, nel senso, amico, che non c'avevo tempo. Non potevo stare un attimo fermo, durante il turno. Spostavo tonnellate. Hanno, come dite voi?, delocalizzato. In Polonia, mi pare».

Sempre in corso Concordia spostiamoci di un piano, andiamo al meno 1. Ci sono le docce e il guardaroba. In coda prima per mangiare e ora per pulirsi. Juàn, argentino, faccia da attore, potrebbe avere un ruolo da bandito gentiluomo, non ha niente, chiede pantaloni, maglioni, giacca a vento, calze, prende atto d'aver già perso in due settimane una taglia, è precipitato alla 46. «Guardi ho la carta d'identità, sono italiano, non fatemi storie!» piange un signore che squaderna i documenti personali. In corso Concordia si entra unicamente con tesserino di riconoscimento ottenuto dopo richiesta e colloquio. Regole, regolamenti.

Sorrisi con buchi nella fila di denti come se fosse passato un proiettile. Tirar su di naso, tossire, sputare. Cappotti di seconda mano che al proprietario originale saranno costati mille euro. Correre verso la pensilina del bus, saltare su, individuare un sedile appena lasciato libero casomai abbia conservato un poco di caldo. Passa Faustin, l'ex metalmeccanico che beveva il caffè amaro, va diretto in centro, in piazza Fontana, per il sacco a pelo. Ha in corso il rinnovo del permesso di soggiorno. Arrivò negli anni Novanta, Faustin. È alto e grosso, conosce la materia, infatti sarà uno dei primi a conquistare uno dei sacchi a pelo. Imran Khan è invece un novizio, resta fermo piantato. Trent'anni, pachistano, non parla italiano e inglese, si esprimerebbe a gesti non dovesse tenere le mani in tasca. Una mamma, tra i tanti volontari che forse - il lamento è diffuso, seppur velato - meriterebbero maggior organizzazione dall'alto, si scioglie la sciarpa, l'avvolge su Imran. La sua bimba guarda questo signore imbacuccato. Imran si inchina per ringraziare. Bellissime donne arabe corrono per rientrare nell'hotel più avanti, a una decina di metri. Infreddolite, sbuffano nella pelliccia. Passano davanti a Imran, non ci badano. Lui fa tutto daccapo. S'inchina di nuovo. Più lentamente, stavolta, rallentato dal freddo.

Andrea Galli

9 febbraio 2012 | 12:12

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