10 de jul. de 2012

Bom dia meus queridos, continuamos em manutenção do blog, mas sempre postando o que há de bom (para alguém). hahahahahahahahahah. Ontem no auge dos estudos, eu sabia que precisava de alguma coisa para dar uma relaxada e logo meu telefone tocou e minha linda musa inspiradora me lembrou que iria começar o filme Midnight in Paris escrito e dirigido por Woody Allen com Owen WilsonMarion Cotillard e Rachel McAdams. Romance açucarado mas indicado pela Academia ao Oscar como melhor direção de arte, direção e como melhor filme. Eu simplesmente adorei e fazia tempo que não assistia um filme tão minha cara. Já achava que sabia bastante da cidade luz, mas depois desse filme eu acho que já sei onde dar um pulinho para tomar um cafezinho que desde já lhes ofereço!



Mas hoje, céu lindo, clima perfeito o que me faz lembrar que é dia de???

METEOROLOGIA!!!


Definição


É a ciência que estuda a atmosfera, sua atividade e fenômenos.


Fenômeno


Em Meteorologia, é qualquer variação ocorrida nos elementos da natureza.


Introdução


A Meteorologia teve início como ciência com invenção do Termômetro (Galileu Galilei – 1.590) e do Barômetro (Torricelli – 1.643). Depois que o Barômetro começou a ser usado, observaram que existia uma relação muito grande entre suas leituras e as condições do tempo. Perceberam que a pressão diminuía antes da chegada de uma tempestade e que subia com o bom tempo.


Função


A função da Meteorologia Aeronáutica é observar, analisar, prever e informar, a fim de realizar vôos mais econômicos e seguros.


Atmosfera


É a camada gasosa que envolve a Terra e gira com ela no espaço. É incolor e inodora, tendo como função principal a filtragem seletiva da radiação solar através da absorção, difusão e reflexão.


ALBEDO: É a relação entre total de energia refletida e o total de energia que incide sobre uma superfície. As superfícies que mais refletem a energia solar são os topos das nuvens e as superfícies dos mares bem como região coberta de neves.


Composição da Atmosfera


Ar Seco Ar Saturado
Nitrogênio 78% 75% Oxigênio 21% 20%
Outros Gases 01% 01% Vapor D’água 04%
Há outro componente que, embora encontrado em quantidade relativamente pequena e variável, é da maior importância para a Meteorologia: o vapor d”água.
Com relação ao vapor d’água, o ar pode ser:


Seco: 00% de vapor d’água;


Saturado: 04% de vapor d’água;


Úmido: Entre 00% e 04% de vapor d’água.


Camadas da Atmosfera


Troposfera


É a camada mais baixa, onde ocorre a maioria dos fenômenos atmosféricos, cuja propriedade será a reflexão dos raios solares.
Estende-se na vertical:
07 a 09 km Sobre os pólos
13 a 15 km Sobre as Latitudes Médias
17 a 19 km Sobre o Equador


Tropopausa


Estreita zona de transição que separa a Troposfera da Estratosfera (03 a 05 km de espessura). Sua Principal característica é a isotermia (temperatura constante com altitude). Cessam os fenômenos meteorológicos comuns da Troposfera, só ultrapassada pelo topo de trovoadas.


Estratosfera


Inicia-se a difusão da luz solar (cor azul do céu).
Dentro dessa camada encontra-se a maior parte da camada de ozônio (ozonosfera), responsável pela absorção da radiação ultravioleta do sol.


Ionosfera


Camada eletrizada que afeta a transmissão das ondas hertzianas.
A ionização dessa camada é conseqüência da absorção dos Raios Gama, X e ultravioleta do sol.


Exosfera


É o limite superior da atmosfera.
Não atua como filtro, pois o ar é extremamente rarefeito. Com isso, seus limites não são definidos.
3a5Km


Atmosfera Padrão


Para solucionar problemas causados pela grande variação dos elementos meteorológicos, foi concebida uma Atmosfera Padrão (ISA), a fim de servir como parâmetro para a comparação com os elementos reais.
Na Atmosfera Padrão, o ar é considerado seco e puro;
Pressão ao MSL: 1.013,25hpa, 29,92Pol Hg ou 760 mm Hg;
Temperatura ao MSL: 15 C ou 59 F;
Gradiente Térmico: 0,65°C/100m ou 02°C/1.000 pés;
Temperatura padrão na Tropopausa: -56,5°C.


Outros Dados


HPA: Hecto-Pascal. Unidade de medida da pressão atmosférica;
Gradiente Térmico: Razão de perda de temperatura com altura;
Gradiente Bárico: Razão de perda de pressão com altura;
Nível de Vôo ou FL (Flight Level): Plano paralelo ao MSL;
Altitude: Distância vertical entre um ponto e o MSL;
Altura: Distância vertical entre um ponto e o terreno;


Temperatura e Calor


Calor: É a energia manifestada pela maior ou menor agitação entre as moléculas que compõem a matéria.
Temperatura: É a grandeza física que mede a quantidade de calor de um corpo.
A temperatura do ar é um fator meteorológico de uma suma importância e de grande utilização na navegação aérea.
Quando a temperatura diminui com a altitude, denomina-se GT TERMICO POSITIVO.
Quando a temperatura aumenta com a altitude, temos uma inversão térmica, denomina-se GT NEGATIVO.
Quando a temperatura não varia ou pouco varia com a altitude, temos uma ISOTERMIA, denominada GT NULO.


Termógrafos: Instrumentos usados para registrar a temperatura.


Termômetros: Instrumentos usados para medir a temperatura.


Processos de Propagação do Calor


Radiação


É o processo de transferência de calor à distância, sem contato entre os corpos.
É a transferência de calor pela conversão de energia térmica em radiação solar.


Condução


É a passagem direta do calor de molécula a molécula, feita gradativamente. Este processo não forma nuvens.


Convecção


É o transporte do calor na vertical (correntes ascendentes, convectivas ou térmicas).
Mais comum no Verão, à tarde, sobre a terra e, no inverno, à noite, sobre o mar.


Advecção


É o transporte do calor na horizontal, pelo vento.


Relação Temperatura / Altitude


Para a aviação, a variação de temperatura é muito importante, pois o aquecimento diminui a densidade do ar, aumentando a altitude e a velocidade dos vôos.
Causa insegurança voar em regiões onde as temperaturas são mais baixas.


Pressão Atmosféricas


É o peso da atmosfera sobre uma determinada área, em função da força de gravidade.
A pressão atmosférica é exercida em todos os sentidos, variando de acordo com a massa de ar e sua densidade.
Quanto mais frio, maior a densidade e maior a pressão.
Quanto mais seco, maior o seu peso e maior a pressão.
A pressão diminui com a altitude.
Os instrumentos que medem a pressão são os BARÔMETROS e os que registram são os BARÔGRAFOS.
A unidade de medida da pressão é o HECTOPASCAL (HPA).
Voar sobre área de baixa pressão no Inverno (Baixa temperatura), causa insegurança para o vôo.


Sistemas de Pressão


Sistemas Fechados
-Sistema de Baixa Pressão (Ciclone): Sistema onde as menores pressões se situam no centro e vão aumentando para periferia. Associado a mau tempo.
O vento é horário e convergente.


-Sistema de Alta Pressão (Anticiclone): Sistema onde as maiores pressões se situam no centro e vão diminuindo para a periferia. Associado a bom tempo.
O vento é anti-horário e divergente.


Sistemas Abertos
-Crista ou Cunha: É um prolongamento de alta pressão. Condições de tempo semelhantes ao sistema de alta pressão.
-Cavado: É um prolongamento de baixa pressão. Condições de tempo semelhantes ao sistema de baixa pressão.


Há ainda, o colo, que é uma faixa entre duas altas e duas baixas pressões, cuja principal característica são os ventos fracos e variáveis.


Ventos


Vento é o deslocamento do ar, aproximadamente na horizontal. Ocorre devido a diferença de pressão entre dois pontos.
O vento sempre flui da área de alta pressão para a área de baixa pressão. O vento é resultado do equilíbrio de forças. MET – 010


Gradiente de Pressão: É a origem do vento, diferença de densidade entre duas massas de ar (pressões diferentes);
Coriólis: Devido à rotação da Terra, é causado um desvio do vento para esquerda no H.S., e para a direita no H.N.
Dá sentido horário aos ciclones e anti-horário aos anti-ciclones no H.S.;
Centrífuga: Devido à rotação da Terra é máxima no Equador e nula nos Pólos.
Atrito: O vento sofre desvios causados pelo atrito com obstáculos de superfície terrestre.


Características dos Ventos


Direção


É dada de 10º em 10º, sempre de onde ele flui. Em Meteorologia, é dado em relação ao norte verdadeiro e para pouso e decolagem em relação ao norte magnético.
O vento é considerado variável quando sua direção variar.


Velocidade


É dada em nós (KT). 01KT = 01MN/h = 1,852 Km/h.


A velocidade do vento depende da diferença de pressão entre dois pontos. Quanto maior a diferença, maior a velocidade do vento.


Caráter


Fluxo contínuo ou descontínuo do vento.


Rajada: É considerada quando a velocidade aumenta de 10KT ou mais da velocidade média do vento, num curto espaço de tempo (20 seg.).


Efeitos do Vento Sobre as Aeronaves


Vento de Proa
Aumenta a sustentação, ideal para pousos e decolagens.
Vento de Través
Causa deriva lateral, exigindo correções por parte de piloto, principalmente no pouso.
Vento de Cauda
Diminui a sustentação e exige aumento de velocidade no pouso e mais pista na decolagem. Quando em vôo nivelado, aumenta a velocidade da ACFT, economizando combustível.


Circulação Geral dos Ventos


É dividida em:
Circulação Inferior: É caracterizada pelo deslocamento das grandes massas de ar mais frio, dos Pólos para o Equador. É considerado vento de superfície aquele que ocorre dentro dos primeiros 100m.
Circulação Superior: É característica pelo retorno em níveis elevados do ar equatorial pelos Pólos. Dentro da circulação superior, destaca-se a JET STREAM (corrente de Jato).
Ventos fortes, acima de 50KT, sopram de W para E, e estão associados a frentes frias. Provocam a CAT (Clear Air Turbulence).


Circulação Secundária dos Ventos


São ventos que atuam em certas regiões da terra. Entre eles, destacam-se:


Brisas: Circulações locais que se fazem sentir sobre a região litorânea, tendo como causa a diferença de aquecimento entre superfície da Terra e o mar.


As brisas marítimas são mais intensas no Verão, à tarde. Sopram do mar para a terra.


As brisas terrestres são mais intensas no Inverno, de madrugada. Sopram da terra para o mar.


Monções: Semelhantes às brisas, porém mais fortes. Variam suas direções com as estações do ano.


As monções de Verão são quentes e úmidas. Sopram do mar para o continente.


As monções de Inverno são frias e secas. Sopram do continente para o mar.


Ventos de Vales (anabáticos): Sobem as encostas dos vales profundos, pela manhã.


Ventos de Montanhas (catabáticos): Descem as encostas das montanhas, à noite.


Umidade do Ar


É a quantidade de vapor d’água no ar.


Umidade Relativa – É a relação entre a umidade da superfície da Terra e o vapor que sobe para a Atmosfera.


Seu valor de saturação equivale a 100% (cem por cento) da parcela do volume de ar que permite a entrada de vapor d’água. Quanto maior a temperatura menor será a umidade relativa.


Umidade Absoluta – É a quantidade de vapor d’água em um determinado volume de ar. Será no ar seco igual a 0% (zero por cento). No ar saturado será de 4% (quatro por cento). Considera-se úmido o ar cuja umidade absoluta esteja entre estes valores, isto é, entre 0% e 4%. Quanto maior a temperatura maior será a umidade absoluta.


Hidrometeoros Precipitados Líquidos: Chuva e Chuvisco


Hidrometeoros Precipitados Sólidos: Neve, Granizo e Saraiva


Hidrometeoros Depositados: Orvalho e Geada


Hidrometeoros em Suspensão: Nuvem, Névoa Úmida e Nevoeiro.


Nevoeiros


Assim como as nuvens, os nevoeiros são uma conseqüência da condensação do vapor d’água na atmosfera.
São constituídos por pequenas gotículas, que flutuam no ar. Sua principal característica é reduzir a visibilidade a menos de 1.000m.
Os nevoeiros são, na realidade, uma nuvem colada ao solo. As condições para a sua formação são: Vento calmo ou fraco;
Umidade relativa alta (97% a 100%);
Grande número de núcleos de condensação.


Tipos de Nevoeiros


Massas de Ar e Frontais
Os nevoeiros de massas de ar dividem-se em:


Radiação: É o mais comum dos nevoeiros. Ocorre principalmente no Inverno. As condições para sua formação são: Céu claro, radiação terrestre;
Vento calmo ou fraco;
Umidade relativa alta (97% a 100%).


Advecção: Massas de ar deslocando-se sobre superfícies com temperatura e umidade em contraste. Divide-se em:


Nevoeiro de vapor: Ar frio em contato com superfícies líquidas aquecidas. Forma-se sobre rios, lagos, etc.;


Nevoeiro marítimo: Ar quente em contato com superfícies líquidas frias. Formam-se sobre os mares;


Nevoeiro orográfico: Formando pela elevação do ar ao longo das encostas.


Os nevoeiros frontais dividem-se em:


Nevoeiros Pré-Frontais: Ocorrem antes da passagem de uma Frente Quente.


Nevoeiros Pós-Frontais: Ocorrem após a passagem de uma Frente Fria.


Névoas


Névoa Úmida: Visibilidade igual ou superior a 1.000m e umidade relativa igual ou superior a 80%.


Névoa Seca: Visibilidade igual ou superior a 1.000m e umidade relativa inferior a 80%.


Nuvens


As nuvens são uma conseqüência da condensação e sublimação do vapor d’ água na atmosfera. As nuvens formam-se quando o ar atinge a saturação, a qual pode ser obtida por dois processos:
Acréscimo de vapor d’água;
Resfriamento do ar.


As nuvens são formadas por um grande número de gotículas de água ou cristais de gelo (ou ambas misturadas) sustentadas na atmosfera por correntes de ar ascendentes.
As nuvens, de um modo geral, se apresentam sob dois aspectos básicos, que são:


Nuvens Estratiformes: Formam-se em camadas contínuas, de grande extensão horizontal (AR ESTÁVEL);


Nuvens Cumuliformes: Formam-se em camadas descontínuas e isoladas, apresentam grande desenvolvimento vertical (AR INSTÁVEL).


Classificação das Nuvens


Nuvens Baixas


Suas bases encontram-se a até 02 km de altura. Sua constituição é líquida (gotículas d’água).
Stratus(ST): A mais baixa das nuvens. Pode provocar chuvisco;
Stratocumulus (SC): Mais alta e mais densa que a ST. Também pode provocar chuvisco.


Nuvens Médias


Sua constituição é mista (gotículas d’água e cristais de gelo). Suas bases encontram-se entre:
02 a 04 km nos Pólos;
02 a 07 km nas latitudes médias;
02 a 08 km no Equador;
Altocumulus (AC);
Altostratus (AS); BLOCO VI MET – 020
Nimbustratus (NS);


Nuvens Altas


Suas constituição é sólida (cristais de gelo). Suas bases encontram-se acima dos máximos das nuvens médias.
Cirrus (C);
Cirrocumulus (CC);
Cirrostratus (CS);


Nuvens de Desenvolvimento Vertical


Suas bases estão no nível baixo, porém, seus topos podem atingir facilmente os níveis médios e altos. 


Cumulus (CU) e Grandes Cumulus (TCU): Nuvens isoladas, de contornos bem definidos. A parte superior, iluminada pelo sol, é um branco brilhante. As bases são sombrias e horizontais.
Podem ocasionar precipitação do tipo pancadas.


Cumulonimbus (CB): Nuvens densa e possantes, de grande desenvolvimento vertical. Suas bases são muito escuras e provocam precipitação forte de chuva ou granizo. Apresentam relâmpagos e trovões.


Processos de Formação das Nuvens


Radiação


Formadas pela perda de calor, devido à radiação noturna. Geralmente, surgem nuvens estratiformes.


Advecção


Formadas pelo resfriamento do ar, provocado pelo movimento dos ventos.


Convecção


Formadas pela ascensão do ar em correntes ascendentes (convectivas). Mais comuns:
No Verão, à tarde, sobre a terra;
No Inverno, à noite, sobre os oceanos.


Orográficas


Ocorrem a barlavento das montanhas, devido à elevação do ar ao longo das encostas.


Dinâmicas


Elevação do ar, ao longo da rampa frontal. Formam-se em linhas (Nuvens Frontais).


Massas de Ar


Grandes volumes de ar que apresentam as mesmas características de pressão, temperatura e umidade, no sentido horizontal.
Podem formar-se nas seguintes regiões de origem:
Polar, Equatorial, Tropical, Ártica e Antártica.


Quanto à natureza, podem ser:


Marítimas ou Continentais.


Quanto à temperatura podem ser:


Quentes ou Frias.


Características das Massas de Ar


Massa Fria


Quando o ar está se deslocando sobre uma superfície mais quente. O ar aquecido tenderá a subir, tomando-se instável. Teremos nuvens cumuliformes, precipitação em formas de pancadas, turbulência e visibilidade boa fora das áreas de precipitação.


Massa Quente


Quando o ar está se deslocando sobre uma superfície mais fria. O ar resfriado ficará mais denso e estável. Teremos nuvens estratiformes, precipitação leve, visibilidade restrita por névoas e nevoeiros.


Frentes


Frente é a superfície limite entre duas massas de ar com características distintas. Toda frente é uma área de baixa pressão (ciclone) entre duas altas.


Frente Fria


Massa de ar Polar, avançando em direção de uma massa de ar Tropical. Deslocam-se de SW para NE no H.S.
Possui grande atividade na região frontal, com chuvas, trovoadas, turbulência, possível formação de granizo e saraiva, instabilidade, etc.
A pressão diminui e a temperatura aumenta com a chegada da frente e, após a passagem, a pressão aumenta e a temperatura diminui.


Frente Quente


Massa de ar quente, deslocando-se na direção de uma massa mais fria. Deslocam-se de NW para SE no H.S.
Os fenômenos não são tão intensos quanto nas frentes frias e sua velocidade também é menor. A temperatura e a pressão aumentam com a passagem da frente.


Frente Estacionária


Uma frente fria ou quente que parou o seu deslocamento. Há um equilíbrio entre a massa quente e a massa fria.


Frente Oclusa
Oclusão é o encontro de duas frentes, uma fria e uma quente. As características são semelhantes às da frente que possuir maior atividade, porém, na maior parte das vezes, mais intensas e seu avanço mais lento.


Nota: Regiões frontais exigem perícia dos pilotos e equipamentos adequados, pois são consideradas regiões de vôo não recomendadas.


Trovoadas


Definimos como sendo o conjunto de fenômenos resultantes da manifestação final da nuvem cumulonimbus (CB). Divide-se em três estágios ou fases: 
Estágio Cumulus ou Formação
É o início do ciclo de vida. As bases são horizontais, prevalecendo as correntes ascendentes (convectivas). A precipitação raramente atinge o solo.
Divide-se em três estágios: Humilis, Mediocris e Congestus.


Na Fase Congestus (TCU), o desenvolvimento passa a ser enorme (10 a 20 km por minuto) e a turbulência encontrada é de moderada a forte.


Estágio Maturidade ou Madureza


É a fase em que a trovoada atinge seu desenvolvimento máximo. Os topos tornam-se achatados, pois param de crescer, e a de Cirrus indica a direção do vento.
A precipitação é intensa, na forma de pancadas de chuva e granizo. A turbulência é máxima, devido às correntes ascendentes e descendentes (mais de 100 km/h).
Os relâmpagos começam a ocorrer em toda extensão da nuvem (100 milhões de Volts, 15 mil graus C). Com a presença de granizo, sua coloração passará do cinza escuro para verde (esverdeado). Relâmpagos na vertical indicam a vanguarda (dianteira) do CB e os relâmpagos na horizontal indicam a retaguarda (traseira) do CB


Estágio de Dissipação


É a fase em que a trovoada começa a se dissipar. As correntes descendentes passam a prevalecer. Com as nuvens altas surge a bigorna do CB. A principal característica desse estágio será a expansão das nuvens pelas laterais.


Tipos de Trovoadas


Podem ser de Massas de Ar ou Frontais.
Trovoadas de Massas de Ar
Formam-se isoladas ou esparsas, dividindo-se em:
Convectivas (Térmicas): Formadas por convecção. Mais comuns no
Verão, à tarde, sobre os continentes e no Inverno, à noite, sobre os oceanos.
Advectivas (Noturnas): Formadas por advecção, ar na horizontal. É o ar quente e úmido, soprado pelo vento, ficando por baixo do ar frio, causando instabilidade. Mais freqüentes à noite e menos intensas que as convectivas
Orográficas: Formadas a barlavento das montanhas, onde o ar quente e úmido é forçado a subir ao longo das encostas. São estacionárias e persistentes, pois duram enquanto soprar o vento que as formou.
Trovoadas Frontais ou Dinâmicas
Associadas com as frentes. Formam-se em linha, ao longo das rampas frontais (verdadeiras paredes de CB’s). São bastante intensas.


Condições de Tempo Associadas à Trovoadas
Ventos de rajada;
Turbulência intensa, associada à precipitação;
Formação de gelo;
Granizo: até 05 mm de diâmetro;
Saraiva: mais de 05 mm de diâmetro;
Os relâmpagos não afetam a aeronave no seu interior, mais afetam a parte externa, onde as faíscas podem perfurar a sua estrutura. O choque produzido pela expansão explosiva do ar pode causar danos à aeronave;
Relâmpagos horizontais formam-se na parte traseira do CB e verticais na parte dianteira.
Nota: No caso de impossibilidade de se evitar um CB, deve-se observar o seguinte:


- Manter o equipamento de rádio desligado e fones guardados para se evitar queimaduras por relâmpagos;


- Nenhum objeto solto a bordo. Manter qualquer objeto bem fixo em cintos de segurança bem ajustados.


Formação de Gelo em Aeronaves


O principal perigo de formação de gelo é que altera o perfil aerodinâmico da aeronave, provocando uma série de problemas: reduz a potência, afeta os instrumentos, aumenta o consumo e o peso da aeronave.
A formação de gelo ocorre principalmente nos bordos de ataque e pára-brisa.


Condições para a Formação de Gelo


Presença de água no estado liquido com temperaturas abaixo de 0ºC;
Temperatura da superfície externa da aeronave inferior a 0ºC;
A faixa de maior freqüência é entre as temperaturas de 0ºC e –10ºC.


Tipos de Gelo


Claro, Liso ou Cristal: É o mais perigoso, pois adere com facilidade. É duro e difícil de ser removido.
Predomina em ar instável (nuvens cumuliformes), na faixa de temperatura entre 0º e –10ºC.


Opaco, Amorfo ou Escarcha: Formado por minúsculos cristais de gelo, semelhante ao formado nas paredes internas dos refrigeradores domésticos. É mais leve e menos aderente, fácil de ser removido. Ocorre em ar estável (nuvens estratiformes), na faixa de temperatura entre 0ºC e -10ºC, e nas nuvens cumuliformes, na faixa de temperatura entre -10ºC e -20ºC.


Geada


Formado por radiação, com temperaturas de 0ºC ou menos e céu claro. Nas aeronaves, ocorre quando uma aeronave molhada entra numa área de temperaturas muito baixas ou sua superfície está super resfriada e entra em contato com ar úmido em níveis mais baixos na hora do pouso.
O único risco é quando se forma no pára-brisa, no pouso, pois restringe a visibilidade.


Turbulência


Agitação do ar no sentido vertical, a turbulência ocorre com maior freqüência nas nuvens cumuliformes.
Pode ocorrer também em céu claro CAT (Clear Air Turbulence), a qual está associada à Corrente de Jato (ventos fortes, acima de 50KT).


Tipos de Turbulência


Turbulência Mecânica ou de Solo
Resulta do atrito de ventos fortes com obstáculos da superfície. Mais comum no Verão, à tarde, com ventos moderados a fortes sobre grandes cidades e terrenos irregulares.


Turbulência Orográfica


Ventos fortes soprando, quase perpendiculares às encostas de grandes montanhas. Quem voar no mesmo sentido do vento sentirá menor turbulência. Ocorrerá a sotavento das montanhas, de uma forma intensa e irregular.


Turbulência Frontal ou Dinâmica


Resulta da ascensão do ar ao longo das rampas frontais. Associada com frentes frias, na maioria dos casos.


Turbulência Convectiva ou Térmica


É mais comum e intensa:
No Verão, à tarde, sobre os continentes;
No Inverno, à noite, sobre os oceanos;
É formada pelo aquecimento do solo ou da água.


Turbulência na Esteira de Uma Aeronave


Ocorre devido ao turbilhonamento do ar, causado por grandes aeronaves no pouso e decolagem.


WindShear


É a turbulência devido à cortante do vento, podendo provocar, na aeronave, uma deriva lateral ou perda de sustentação no pouso ou na decolagem.



Hoje: terça-feira, 10 de julho de 2012.
Direção do Vento: SW
Condição: Poucas nuvens
Pressão: 1020 hPa
Intensidade do Vento: 6 Km/h
Umidade: 64%





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