9 de mar. de 2013


Bom dia meus amados, "pois é Bebé, mamar na vaca é o que o Rominho mais qué". Sábado, 68º dia do ano no calendário gregoriano sol com 31ºC (pelo menos agora que escrevo UTC = 13:43) com vento soprando de ESE a 11km/h.

Hoje, mesmo é dia de fazer o que quer, arrotar honestamente uma semana depois de notícias acachapantes de morte de ícones de ideologias diferentes e fãs mais diferentes ainda como os órfãos de Chorão e de Chávez, vou espairecer brindando a cabalística idade do único diretor teatral que viu em mim potencial para sair da comédia, improvisos, cacos, stand-up que outros diziam que eu havia nascido para isso quase pintando minha cara de palhaço ao me chamarem de "show de humor". Não me ofendo jamais, e até assumo que de sou "gozadinho", tenho sim facilidade para fazer os outros rirem com meus comentários de um ponto de vista digamos que fora dos padrões ou que conto piadas de deixar Cicciolina ruborizada de tamanha baixeza ou de Ronnie Von gargalhar com o requinte e cultura que procurei sempre ter.


Mas, para quem estudou teatro "boa parte da vida", leu os clássicos, assistiu montagens dramáticas, se emocionou ao ver uma cena verossímil no cinema ou na televisão, aprendeu as técnicas e história desde o clown, verdadeiro ridículo assumidamente até o boneco operado por trás de um anteparo que faz o mais inocente, difícil e honesto dos seres humanos (que são as crianças) acreditarem que aquela historinha é verdadeira! Nossa e tantas outras coisas, que só a magia do sagrado palco e do acolhedor para poucos possa fazer que em meu prazo de validade eu tenha a dádiva de ter a vida de todos os seres da terra, incluindo os animais. Sim, eu já fui mascote! Mas voltando ao homenageado em questão, o presente que tenho a lhe dar além de minha amizade eterna, um forte abraço e minha gratidão por tudo, além dessas letras que formam frases e que de frases um texto e que para dar vida a isto só um bom ator consegue ao decorá-lo e interpretá-lo, eu digo que Rodrigo Caesar conseguiu tirar este rótulo que sempre levei de "o caricato" topei o desafio e com nove meses de ensaio gestação, nasceu um amante pelo drama chegando a ser o trágico Creonte, irmão de Jocasta e cunhado do Rei Édipo escrito por Sófocles. E não é que eu consegui fazer? Depois disso pude ter em meu currículo na época um Brecht, Nelson Rodrigues e algumas participações que requeriam de mim o estudo profundo da gênesis de uma personagem e seriedade de um Pilatos de Paixão de Cristo de rua no meio do povo ou em um camarim quando não é permitido pensar em outra coisa a não ser na preocupação de não errar.




Na Comédia tudo é permitido e o erro quase sempre ajuda, mas mesmo para errar é preciso técnica, estudo e rapidez de raciocínio. Mas não querendo ser nenhum teatrólogo ou crítico de arte, amei, amo e amarei minha tribo sonhadora que nunca desiste de receber além de cachê para pagar suas contas o aplauso e o grande carinho de uma plateia, sim, somos mais carentes que a maioria, "chamar a atenção" é uma coisa que buscamos, quem deturpa isso e desrespeita Dionísio ou São Ivo acaba desafinando o foco e... Pouco a pouco por vaidade e se achar um semideus, acaba se apagando em resistência e a cortina da tal quarta parede o tranca lá dentro eternamente justificando quem sabe uma bala na cabeça de uma arma chamada ostracismo e abandono.




Mas sabemos que no caso de quem cito subliminarmente, não foi por se achar nada disso, foi (no meu humilde ponto de vista) o descaso de outros que habitam no Olimpo das contratações para novelas, seriados e programas televisivos que de tantos talentos aparecendo, acabam esquecendo de propósito ou sem querer pessoas que já foram Hamlet, esperou tanto pelo Godot que não aguentou como outros tantos que hoje iluminam os amadores ou pedem luz dos mesmos a cada vez que entram em cena. Mas quem tem nervos de aço, não ouve a voz da inveja, ouve o coração e segue a estrada sem almejar a fama e sim considerar como um trabalho normal e com os pés no chão, jamais olhará as placas que esta esburacada e ao mesmo tempo maravilhosa estrada sem fim que indica para que retornemos, encostemos, tomemos cuidado, paremos, demos a preferência, aceitemos as junções sucessivas na primeira à "esquerda ideológica de mudar o mundo com a arte" ou à "direita burguesa que aceita patrocínios, não esquecendo nunca de como foi duro o começo e os seus princípios" e que  jamais ficará desamparado quando há honestidade no "super objetivo" que nos faz perder o medo de Virginia Woolf.


Meu abraço e respeito a todos os atores que entrarão em cena hoje enquanto brindo. Evoé!



Vai um cafezinho ou...   

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