30 de jun. de 2011

Queridos leitores, é com grande prazer, que nesta quinta-feira, dia  cujo céu se assemelha ao de Salzburgo – Áustria e temperatura está amena como a de Vinhedo – SP, que lhes informo que a minha querida família, a Cia Héterus de Teatro, faturou a melhor cena do 15º FESCETE – Festival Santista de Cenas Teatrais. Na categoria “adulto” a cena escrita pelo autor Jobson Ricciardi, dirigida por Rodrigo Caesar e Jobson Ricciardi, onde no elenco brilharam Carol Rainho e Lucas Magalhães, “Arthur Decide Viver” levou os prêmios de melhor cena, melhor sonoplastia, melhor texto original, melhor ator (Lucas Magalhães), entre indicações, tais como as de: melhor figurino e melhor direção.
Já a categoria mirim do mesmo festival, premiou com os troféus de: melhor cena, eleita pelo voto popular, melhor ator e ator revelação; para o texto deste modesto autor lhes escreve diariamente esta coluna e sob a batuta da generosa diretora Maria Tornatore.
Já no que diz respeito à categoria “mirim”, das Oficinas Culturais Oswaldo Névola Filho, com a cena: “Fragmentos e Ricocheteios de uma História Dolorida Contada em Prosa e Verso”. Com interpretação gigantesca e brilhante, e que me disseram que foi a única do dia de apresentação a ser aplaudida de pé, e não por causa da nova lei ortográfica que tirou o "acento" da palavra "platéia", que elegeu como a melhor cena desta categoria em seu voto democrático e consciente, além de indicações de: melhor direção, melhor atriz, melhor figurino, melhor cenografia e de melhor maquiagem.

Pelo meu grupo – família, eu posso dizer, que senti mais do que orgulho e alívio da união, que sempre houve, mas que por pouco quase chegou a abalar nossos sentimentos de "eu posso" / "eu sou capaz" como jamais titubeamos na linha de pensamento: "eu sou honesto enquanto ser humano e artista". Eu fiquei ali sentado como observando cada gesto,  caras e bocas; exatamente como um filme, ou um daqueles "Oscar" que ficamos em casa vendo pela TV, só que a televisão era meus olhos, testemunhando o reconhecimento na forma de um galardão com as personas da tragédia e da comédia... Aplausos da plateia no Teatro Coliseu lotado com presenças ilustres da classe artística e judiciosos e até mesmo burgueses de esquerda ou militantes de direita que vibravam a cada anúncio de premiação e suas indicações, tudo isso, vendo meus queridos irmãos, lá no palco do "possível", onde pode-se viver todas as vidas nesta, e dizer sem ter medo de nada, nem de vaias e nem de tomates: Apenas tememos a ira do vaidoso, invejoso e indefectível Deus Baco - Pai do Teatro e do Vinho. É por causa dele que evitamos a vaidade e votos de boa sorte para não quebrarmos de fato uma perna seja no idioma que for e no palco que estivermos antes de entrar em cena. 


No palco, concordando com o que o mestre Fagundes diz em sua peça: "Sete Minutos", talvez seja o único lugar onde um ser humano em forma de personagem possa dizer a frase: ”- Não sei...”
A cada agradecimento, de cada integrante que recebia a melhor energia do mundo, que é a do abraço e a do choro preso na garganta, chegarmos ao ponto, de um de nossos membros fundadores e sustentáculo do grupo; pagar sua promessa osculando a nádega esquerda de quem “jamais” entrou... Claro que me refiro ao diretor da cena vencedora, que tanto amamos e admiramos. Hahahahahahahahahahaha.
Já do ponto de vista como autor do texto da categoria mirim, ver as personagens que saíram desta cabeça, passaram por esta tela e que deste teclado; tomaram forma, voz, corpo, carne e osso e me abraçavam, eu pude me ver nos olhos deles com os mesmos sonhos de infância... De um dia pisar em um palco, pela simples vontade de seguir o que o meu coração impôs-me sempre, claro, incentivado pelos meus parentes, amigos e até estranhos que afirmavam ser este o meu destino, ou seja, a comunicação, a arte, quimera, senso de humor, sensibilidade a flor da pele, interesse por cultura, conhecer o mundo, ler, desenhar, o de trabalhar de mentirinha optando por uma universidade que foi isso e que hoje vivo e me sustento dela,  cantar, imitar, sonhar acordado... 


Gozado, quando a gente está desistindo, ou mesmo fechando o baú dos sonhos, parece que alguma força superior e suprema nos faz titubear, voltando ao jargão: “ser ou não ser”... Mas eu sei, e o que eu sei? É que quanto menos se pede opinião sobre uma coisa que seu instinto diz que é boa e honesta, com mais convicção se atinge o aplauso ou o fracasso!
No caso de ontem, foi convicção, para o fracasso sempre estamos preparados... hahahahahahahahah O não sempre existiu seja em testes ouna resposta da pergunta: "-Está lotado?" Mas relaxem, sempre temos um plano B. 


Claro que "segunda opinião" é ótima e super válida, mas passou da segunda, já vira insegurança. O ego? Tranquilo; deve ser sempre administrado, pois existe sim o limite entre a arte e a vida real. E quem negar isso, é hipócrita, um ator para estar encima de um palco, iluminado por uma luz de um spot dizendo seu pedaço de texto e não no ostracismo da penumbra das  poltronas de um teatro, não tem como não se orgulhar e “se sentir”. Gente, é tão gostoso "se sentir" seja 5 minutos de fama ou 90 minutos de uma peça de Skakespeare, até sexualmente dizem que é saudável se sentir...hahahahaaha.  Ah, se vocês soubessem como é gostoso receber o carinho de cada um de vocês, que diminui a nitrato de pó de merda a inveja dos que estão na mesma penumbra...


Sabiam que lá de cima não se vê ninguém?  Mas olha, quanto a isso, também somos vacinados... Foram, são e graças a Deus serão tantas mordidas e tabefes que essa infinita jornada e estrada chamada: “horizonte intangível” nos faz acelerar sozinhos e sem GPS e nem previsibilidade, apenas sempre atentos, e sempre respeitando placas de advertência, buracos e obstáculos!
Agora? É manter, trabalhar, cultivar, cuidar e criar sem jamais esquecer de colher os frutos plantados com o suor da honestidade, e regados com lágrimas de emoção, que por sinal, é a força motriz que nos difere da inércia de uma vida real, cotidiana, judiciosa e cheia de contas a pagar...
O resto? Jamais pararei de escrever meus queridos amigos e cúmplices... E também de descrever. 


Meus mais sinceros aplausos de pé e beijos, tanto nas nádegas quanto nas bochechas desses meus incentivadores de todas as horas, e de todos nossos sonhos e projetos, e principalmente, por respeitarem... Assim como eu respeito os altos e baixos, que cada ser que é humano tem. 


Se devo desculpas a alguém, há todo o direito de me dizer, não... Mas de qualquer forma eu peço desculpas por em momentos de fraqueza não crer na nossa força, união e diferencial que é fraternal e não animal. Mas sei que isso é o começo e dos Mayas, nem um pouco de medo, porque fim, é começo e dependendo da pergunta a melhor carta do Tarot pode ser a da morte, e o que morreu no coração de todos da nossa companhia, que já possuía pelos pubianos depois de reunião decisiva e madura, agora está cheio de confiança e união que nunca negamos existir.
Como estamos em alta e de alto astral, ficarei devendo as informações do mundo “Datena” em que vivemos e seus índices e oscilações mercadológicas, as fofocas de quem nasceu ou morreu em um dia como hoje fica pra amanhã, só sei que; quem viver verá que a gente da geração “eu te amo” e “paz e amor”, não somos pouca merda, e sim, penico cheio... hahahahahahaahhahahaha.
Mas o horóscopo, este eu não abro mão. Assim como o cafezinho que já está coando no capricho.
Aquário: O dia é mais que agradável para o amor e o romance. Procure estar bem perto de seu amor e caso ainda esteja só, este será certamente um dia especial. As boas energias estão a seu favor neste período. (Te amo astróloga...)
Bjs.


Oração do ator que consta em uma peça escrita por mim chamada: “O Famoso Quem?” e que é feita por nós nas falas das personagens:
KLEBER: Meu São Procópio Ferreira, minha Santa Cacilda Becker, me abençoe e proteja cada palco que eu hei de pisar, cada texto que eu hei de decorar, os aplausos que hei de ouvir, proteja e abençoe os atores que hão de contracenar comigo, os diretores, figurinistas, iluminadores, patrocinadores, minha carreira...
JANGO: Cada autógrafo que eu hei de dar, que eu ande de avião o mesmo número de vezes que eu peguei ônibus, proteja as críticas nos jornais do dia seguinte, os cachês que eu hei de ganhar, livrai-me da inveja, do fracasso, do anonimato, dos brancos em cena e das platéias vazias...
MURILO: Dai-me saúde, talento, coragem, criatividade, humildade, amigos e sorte, e por último, que meu nome caiba ao lado dos muitos outros nomes que aparecem subindo ao fim de cada novela...
Amém! Mas se não ser pra fazer TV não tem problema. O que vale é a magia do teatro, o eterno e imortal teatro, o vivo, o hoje, o que vale são vocês... Obrigado do fundo dos nossos corações...
- Cai o Pano -

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