16 de set. de 2012


Boa noite caros leitores e delicada namorada como uma flor de jasmim e seu perfume inebriante e a beleza do cravo vermelho símbolo espanhol que o mundo deturpou, e o colocou na boca dos famosos que dançam o tango sendo que o verdadeiro tango não tem florzinha na boca seja ela qual for e que me perdoem Claudia Ohana e Rodrigo Simas, mas... Como dizem os jurados, o que vale é tentar e topar desafios.



Ufa! Confesso que fiquei com medo de hoje não ter criatividade para escrever, mas basta eu sentar aqui, olhar para a tela e metendo o dedo em cada tecla, que para mim, formam palavras e uma verdadeira partitura sendo ou não uma música para quem escreve ou para quem chega a ler.

Domingo sem pensar em nada, visitar a terra de Brás Cubas, rever minhas "in law",  cumprir o prometido de ficar na horizontal, depois de tanta coisa deliciosa que este fim de semana pode proporcionar para este humilde aspirante a tantas coisas que sou quero e serei um dia ou uma noite.

Estava voltando e vendo o domingo acabando e me lembrei que certa vez, achei que mandava bem escrevendo peças de teatro, volto a dizer. Se são boas eu não sei, mas que não serei um ator frustrado tenho certeza. Com essa peça que eu chamei de: O Famoso Quem? Pude junto a meus irmãos de palco e de coxia, realizar meus sonhos como um amador, expondo isso no desabafo dos atores que eu criei lá pelos idos de 2006.

Com essa peça eu pude sentir o que é ser ator e com ela aplaudida por 6 e até por 500 pessoas, eu pude encontrar um amante da tragédia e do texto clássico que me tirou o rótulo de cômico e que com apenas um trecho, esse mesmo amigo veio para a comédia. Momentos impagáveis que me deixam saudades do bem sem espaço para nostalgia. Tanta coisa mudou depois disso, tanto amadurecimento, tanta coisa rolou que em clima de fim de Mirada eu deixo para finalizar o domingo e a rebordosa da segunda-feira que se aproxima, eu coloco aqui e compartilho com todos vocês o que encerrava a montagem da Família Héterus de Teatro que tanto quero bem e que tanta gente embarcou neste meu sonho e que deu vida com as direções, interpretações, trilhas sonoras, estradas, palcos projetados por Niemeyer e tudo. Não tem nada a ver com religião e este momento que escrevi eu chamo de estado de aleluia onde ao som de "Clair de Lune" em um domingo como este neste momento falávamos estas palavras em tom de oração!


– Atores fazem circulo de braços dados e dizem coisas que iludem sempre a vida do ator como propostas de trabalho em televisão que nunca acontecem, elogios falsos, prorrogação de leitura de peças enviadas, alegação de falta de tempo, etc...

MURILO: (para os dois) Vocês se lembram de quando a gente inventou a nossa oração? Que a gente sempre rezava antes de dormir, a oração do ator...

JANGO: Pelo amor de Deus, eu não vou pagar um mico desse...

KLEBER: Para de ser rabugento, eu lembro mais ou menos da oração que inventamos...Como é mesmo que começava?

- Ajoelham e sobe trilha de piano.

KLEBER: Meu são Procópio Ferreira, minha santa Cacilda Becker , me abençoe e proteja cada palco que eu hei de pisar, cada texto que eu hei de decorar, os aplausos que hei de ouvir, proteja e abençoe os atores que hão de contracenar comigo, os diretores, figurinistas, iluminadores, patrocinadores, minha carreira, 

JANGO:  Cada autógrafo que eu hei de dar, que eu ande de avião o mesmo número de vezes que eu peguei ônibus, proteja as críticas nos jornais do dia seguinte, os ''cachês'' que eu hei de ganhar, livrai-me da inveja, do fracasso, do anonimato, dos brancos em cena e das platéias vazias...

MURILO: Dai-me saúde, talento, coragem, criatividade, humildade, amigos e sorte, e por último, que o nosso nome caiba ao lado dos muitos outros nomes que aparecem  nas aberturas ou subindo ao fim de cada novela... Amém! Mas se não der tempo de ficar famoso, não tem problema, o que importa realmente para nós atores é o teatro este eterno moribundo que jamais vai acabar.. O que importa, é o frio na barriga do ao vivo que sentimos e do medo ou ansiedade de mostrar alguma coisa para vocês. O que importa mesmo, são vocês.

TODOS: Obrigado do fundo dos nossos corações...

 - Luz baixa em resistência.


 - CAI O PANO - 


Vai um chazinho de boldo?

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